*A CASA DE MADEIRA*
Pelo Outono, a rata Alina ouvira dizer que o seu bom velho amigo, o texugo Norberto, morava agora numa casa algures na montanha. Há muito tempo que Alina não via Norberto. Nos últimos dias, desde que a neve começara a cair, Alina pensava muito nele, na sua agradável voz resmungona, na sua presença calorosa e reconfortante e na sua grande colecção de livros, que ele muitas vezes lhe lera. “A casa do Norberto, lá na montanha, de certeza que agora tem luz, é quente e confortável”, pensou a ratinha, e naquele momento a sua toca começou a parecer-lhe apertada e abafada. No dia seguinte, tomou uma decisão:
— Vou ter com o Norberto! Não sei ao certo onde mora, mas não deve ser assim tão difícil de encontrar.
Alina calçou as botas quentes de ratinha, vestiu um casaco grosso de lã e pôs-se a caminho. Foi subindo a montanha, cada vez mais para cima, pela neve funda. E por pouco não dava com a casa do texugo! A noite já estava a chegar e ela ainda andava à procura do caminho através do bosque. E, para mais, começara a cair um nevão! Mas a ratinha não era medrosa. “Se não encontrar hoje a casa do texugo, cavo um buraco fundo na neve”, pensou ela, “e assim não fico gelada…”
Mas, por fim, lá acabou por encontrar o caminho para fora do bosque, e logo viu à sua frente, num declive, a casa do texugo! Era de madeira. Nas janelas brilhava uma luz amarela e quente e, da chaminé alta, saía um longo rasto de fumo que balançava ao vento. Alina juntou as últimas forças e correu em direcção à casa. Claro que o texugo se alegrou imenso com a sua chegada. E ambos passaram um Inverno maravilhoso e confortável na casa de madeira, longe de tudo, lendo e conversando…
— Vou ter com o Norberto! Não sei ao certo onde mora, mas não deve ser assim tão difícil de encontrar.
Alina calçou as botas quentes de ratinha, vestiu um casaco grosso de lã e pôs-se a caminho. Foi subindo a montanha, cada vez mais para cima, pela neve funda. E por pouco não dava com a casa do texugo! A noite já estava a chegar e ela ainda andava à procura do caminho através do bosque. E, para mais, começara a cair um nevão! Mas a ratinha não era medrosa. “Se não encontrar hoje a casa do texugo, cavo um buraco fundo na neve”, pensou ela, “e assim não fico gelada…”
Mas, por fim, lá acabou por encontrar o caminho para fora do bosque, e logo viu à sua frente, num declive, a casa do texugo! Era de madeira. Nas janelas brilhava uma luz amarela e quente e, da chaminé alta, saía um longo rasto de fumo que balançava ao vento. Alina juntou as últimas forças e correu em direcção à casa. Claro que o texugo se alegrou imenso com a sua chegada. E ambos passaram um Inverno maravilhoso e confortável na casa de madeira, longe de tudo, lendo e conversando…
O que conversavam eles? E o que liam?
Erwin Moser, Mário der Bar, Weinheim Basel, Parabel, 2005
(Tradução e adaptação)
Sem comentários:
Enviar um comentário